segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Quarta Porta

Entre as portas haviam quadros, eram dois.
Dois quadros tão semelhantes, no entanto
tão diferentes. O amor tem dessas coisas!
"Quando se ama, a falta é sentida!", as letras estavam por cima de um oceano, e ao fundo o sol solitário brilhando tão palido que era possivel sentir a brisa pelo corredor.
No outro mais abaixo, na altura do meu peito, haviam palavras em vermelho.
"Se não faz falta, porque?"
É tão irónico como as coisas se apresentam. A falsa ilusão é uma colher de água no meio do deserto. Insuficiente! No entanto tão desejada.
Só os loucos olham para trás, mesmo sabendo que ao caminhar a favor do vento o provavel movimento de virar para traz, cega os olhos.
Só os loucos olham para trás, mesmo andando na linha do comboio, têm a coragem de parar e fazer lhe frente.
Sombrias nuvens que agora pairam pelo céu, "o sol?".
Ou a noite virou meses, ou meus olhos sempre foram cegos. Enquanto a certeza daquilo que eu sinto esta sempre presente em mim, é possivel que me apanhem no fim do precipício.
Então por amor, jurei me leal, ao amor que eu realmente amo.
Sendo assim, coloco meu coração aos teus pés, e parto sem olhar para tráz, e assim ficas com tudo o que é seu!
A quarta porta, esteve sempre aberta, enquanto o sol caia para o horizonte, e as palavras do quadro abaixo começavam a ganhar forma. Eu pude ouvir sua voz! Oh Deuses como é possivel?? E ao fechar meus olhos pude sentir as palavras a deslisarem de teus lábios, quentes e aconchegantes.
Na porta, um quatro e uma estrela de cristal. Porque a maçaneta esta sempre fria?

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