quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Por Entre as Portas

Se o amor é o limite.Desafio os guardas na fronteira. Que venham anjos ou demonios.O meu peito, uma bandeira. Não contam juízos ou condutas.Nem a aparência de justificada nobreza.Se o amor é o limite.Atravesso o oceano e nado contra a corrente. Numa mesma migração que as antigas baleias.Pois se ali, entre o mar e o céu, cai um arco colorido.Tão puro quanto a lembrança de sorriso.Se o amor é o limite.Eu salto todos os dias do penhasco. Sinto minha alma a planar em teu corpo.E até nessa hora, teu olhar parece ouro. Na presença plena da felicidade.Se o amor é o limite.Por momentos me deixo escapar. Como um objeto em terreno lunar.A gravidade não pode segurar. A linha que mantem a lua e a terra.É a mesma que mantem o amor em seu limite.Se o amor for o limite.Então mentindo para mim mesmo, caio no erro de amar.Por acreditar que esta, a única propriedade pura da alma, não possa ser definida.

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