terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Semi-aberta
É como abrir uma porta, semi-aberta, onde uma luz tenue vinda de uma lua distante na janela faz brilhar insignificantes objetos que possuem uma tal importancia em cima da mesa que dali nao sao movidos. Como quem abraça um livro depois de ler, ou sente o cheiro forte num lenço de alguem que voltou a desaparecer... A distante lua ilumina montanhas distantes, meus sonhos tao proximos de ti mas distantes de mim... Algumas nuvens razas suavemente acarinham a lua, e vão... Talves aquela luz esteja a cair em cima de uma semente, no parapeito da janela minhas mãos humidas deixam marcas na poeira do dia a dia, a mesma poeira que mesmo espalhada pela sala consegue esconder se desta tenue luz. Meus olhos se fecham e é como abrir um livro de recordaçoes onde eu mergulho e num mar onde posso me afundar. As cores tornam se solidas e a forma das sombras forma tudo aquilo que esta distante de ti. Entre a porta semi-aberta uma foto envelhecida.
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