terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

As Pequenas Grandezas




Somos quase eternos, gritavam mil vozes em uníssono.

Numa determinação quase que sólida cada movimento chicoteava o tempo, sempre para frente!
Ontem e amanhã em dois opostos, uma parede após a outra.
Uma nova película sempre em movimento no olhar!
Parem!!!
Serão todos cegos ou surdos?
Cada voz com sua razão!
Por mais que o avanço persista, vozes não irão calar!
Como é possível um peixe partir para a terra vindo do mar?
De tudo aquilo que se vê qualquer beleza podemos associar.
Mesmo que o sol queime, ou o vento congele, ou toda essa imensa massa de terra ou água sufoque.
Qualquer beleza podemos associar!
Determinando tudo, nunca será apenas o local ou o momento.
Talvez a reação gerada nesta única e precisa ligação do tempo no preciso espaço.
Precisamos todos!!
Então que brotem sementes vindas do céu.
Caídas de uma chuva.
Deixadas por algum pássaro.
Trazidas pelo vento, talvez solar!

Atravessando o peito uma espada.

Olhos fascinados e rostos molhados pelas pequenas gotas de mar!
Somos quase eternos!!!
Mil vozes que insistem em atravessar.
Tok Tok!
Outra vez...
Tok Tok!
Ontem e amanhã como o sul e norte da minha velha bússola!
Que me posiciona sem me deixar sair do lugar!
Serei o centro do universo?
Nada parece tão certo como tudo.
E tudo é tão claro como nada!
O presente deve estar no centro!
Pois será esta a única solidez existente.
Sendo meu corpo o espaço e minha mente futuro e passado!
Seremos todos presente!

Diluindo tudo que solidificou!

Espera!!
Quanto mais mexer na obra, mais a modifica.
Nada mais será como antes!
Alguma vez foi?
Quantos aqui estão determinados a avançar?
Pura filosofia.
Pedras que saltavam do chão, adivinha onde acertavam agora?
Toda a paisagem voltava a ser modificada!
Meus filhos!? Onde estão?
Coloquem todos no mesmo lugar, desde que sejam iguais!
Qual a diferença entre estes cães?
Não se julga aqui preconceitos.
Talvez níveis de perceção!
Ah! Talvez agora estejamos a nos entender!
Talvez apenas nós!
Nada mais será importante!
Então sendo assim haverá sempre uma forma de qualificar.
E quantificar!
Modere cada palavra, pois cada palavra poderá modificar!

Ao Rhedor do Castelo mil vozes fazendo vibrar!

Esta estrutura aguentou a passagem do presente.
Sempre!
Tudo o que cai é o que está destinado a passar.
Não se fala na solidez das montanhas nem na liquidez que forma o mar!
Tranque os olhos no presente para que cada um consiga encontrar!
São eternos símbolos!
Um imensa luz preenche o espaço, naquele momento que foi único, não houve passado nem futuro.
Cada transformação é apenas um momento de ação.
Estático no presente!

Serernários do Tempo - O Deserto de Rhedor

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