Sonhos… foram eles que invadiram o castelo, quando tudo estava calmo e enquanto todo o mundo, que nele existia, estava distraído. Por vezes eram semeadas sementes num belo jardim, por outras vezes, haviam noites de festas com música e fogueira ao luar. Por dentro dessa imensa muralha tudo esta calmo e existia tal como manda o quotidiano. Sonhos, vinham dos céus de todas as direções. Cresciam onde não havia espaço para semente, escorriam onde nem água surgia. Sonhos alados, pareciam nadar no ar, numa dança deslumbrante. Ninguém consegue resistir, tanto que todo o mundo admirou se, não só por surpresa, nem só por beleza. Brotavam flores no céu de nuvens, e borboletas rasavam por todo o lado. Pequenos fogos de artificio surgiam sem mais nem menos em cantos escuros. Todos os sonhos agora eram observados. Tinha dias que chovia pétalas de rosas e no minuto a seguir o sol cegava toda a escuridão. Árvores cresciam, eram árvores de gelo, nas quais brotavam frutos. Laranjas, limões e até amora ao cair no solo transformavam se em pequenas bolas de fogo. Não queimava nem ardia! Ao olhar para o horizonte, em uma dessas vezes, podia se ver o sol a correr veloz de um lado para outro. Num nasce e renasce desenfreado enquanto a lua serena apreciava estática todo o movimento. Sonhos, agora sim, percebo a dimensão da sua existência, sendo ele parte da solidão, da mesma forma que uma flor possui pétalas e o céu, nuvens. Então recebo abraços, beijos, sorrisos e distração, transformados em ilusões, onde a solidão me abraça para não perder a emoção.
RECONQUISTE SEU AMOR |